Mortes violentas: Ceará registra queda de 53% no primeiro semestre

A semana começa com uma boa notícia para o governador Camilo Santana que no primeiro semestre deste ano definiu como prioridade o combate as facções criminosas. As medidas adotadas nos meses de janeiro e fevereiro deram resultado e neste domingo (01), um levantamento divulgado pelo G1, dentro do Mapa da Violência, o Ceará aparece como um dos estados que mais conseguiram reduzir os índices de criminalidade, entre janeiro e julho deste ano.

Os números de mortes violentas no Ceará registraram uma queda de 53%, se comparado o primeiro semestre deste ano com o do ano passado. Isso representa uma diminuição de 1.254 mortes. O Estado é responsável por 1/5 do total de assassinatos a menos no Brasil. Já em todo Brasil a queda foi de 22% nas mortes violentas no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2018. Em seis meses, houve 21.289 assassinatos, contra 27.371 no mesmo período do ano passado. São 6 mil a menos.

O Nordeste responde por mais da metade dessa queda (3.244 mortes a menos), ou seja, 53% do total no país. A região Nordeste é a que tem a maior diminuição. O número de assassinatos, porém, continua alto. O dado mostra que há uma morte violenta a cada 12 minutos no Brasil – 118 por dia, em média.

Histórico no Ceará

Em 2017, uma guerra entre facções levou o Ceará a ter um ano com recorde de violência, com 5.133 homicídios. O cenário levou o estado a adotar medidas mais rígidas contra os criminosos, especialmente dentro dos presídios, de onde partem as ordens para muitos dos homicídios.

Em 2019, uma pasta exclusiva para atuar nos presídios foi criada. A posse ocorreu em 1º de janeiro deste ano, e o secretário da Administração Penitenciária recém-empossado, Mauro Albuquerque, prometeu acabar com a divisão de facções por presídios e tornar mais rigoroso o controle de celulares nas unidades prisionais. Como represália, os mesmos grupos criminosos que cometiam homicídios entre si se uniram para realizar uma série de ataques no estado.

FONTE: Ceará Agora.

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