Maia mobiliza líderes de bancadas para definir caminhos da reforma no Plenário

O final de semana está sendo marcado pelas primeiras articulações com vistas à votação da reforma previdenciária no Plenário da Câmara Federal. A agenda prevê que o projeto com as mudanças nas regras da aposentadoria, aprovado nessa quinta-feira (4), na comissão especial, entrará, a partir da próxima terça-feira, em discussão e poderá ser votado antes do recesso parlamentar do meio do ano.

O Governo precisa reunir, no mínimo, 308 votos para aprovar, em primeiro turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que altera as regras para os trabalhadores se aposentarem. Há otimismo entre aliados do Palácio do Planalto quanto ao número de deputados federais e os cálculos apontam que o Governo soma mais do que os 308 votos.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, participa, neste final de semana, de reuniões com líderes de bancadas para conversar sobre a tramitação do projeto. Ao tentar sensibilizar os deputados a refletirem sobre a necessidade da reforma, Maia mandou, pelas redes sociais, uma mensagem sobre a importância das mudanças na previdência social como um dos caminhos para o país equilibrar as contas e crescer.

O Brasil não pode esperar para retomar o caminho do crescimento econômico, e a reforma da Previdência é um grande passo — observou Maia, que escuta os relatos dos deputados federais sobre a lentidão do Palácio do Planalto em liberar verbas para os municípios.

A aprovação do parecer do relator Samuel Moreira (PSDB-SP) na comissão especial é uma sinalização de que o projeto pode ser aprovado no Plenário da Câmara, mas o Governo enfrentará novas pressões por mudanças no texto da PEC 06.

Os policiais federais e rodoviárias federais manterão as pressões em busca de regras mais brandas, enquanto os governadores voltarão a se movimentar para tentar reincluir os estados e municípios na reforma. A oposição promete, também, fazer barulho por considerar que muitos pontos são prejudiciais aos trabalhadores e servidores públicos.

Embora haja otimismo quanto ao número de votos para aprovação da Reforma, o Governo Federal precisa administrar as cobranças dos deputados que são favoráveis ao projeto, mas querem contrapartidas em obras e recursos para os seus municípios. Com seis meses da atual legislatura, os prefeitos cobram dos deputados federais a liberação de verbas da União. Os cofres, porém, estão fechados.

FONTE: Ceará Agora.

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