Fronteira entre Venezuela e Colômbia tem confronto
Desde o início, o clima é de tensão na fronteira entre a Venezuela e a Colômbia. Tropas venezuelanas jogaram bombas gás lacrimogêneo contra manifestantes que protestam contra o fechamento da fronteira, o que impede a passagem de ajuda humanitária internacional. Os manifestantes reagiram atirando pedras.
Um dos locais onde ocorreram os confrontos foi na Ponte Francisco de Paula Santander, que liga o estado venezuelano de Táchira com o colombiano Norte de Santander.
O governo de Nicolás Maduro mandou fechar as fronteiras em uma área onde grupos ligados a Juan Guaidó, deputado que se autoproclamou presidente e é reconhecido como presidente interino do país por grande parte da comunidade internacional, preparam o envio de doações de alimentos e remédios para os venezuelanos.
Deserção
De acordo com a agência argentina Télam, quatro militares da Guarda Nacional Boliviarana desertaram, cruzaram a fronteira e foram a cidade de Cúcuta, na Colômbia. Ele pedem proteção ao governo de Iván Duque.
Três militares atravessaram a Ponte Internacional Simón Bolívar em dois tanques e entregaram-se aos militares da Colômbia. Um quarto militar atravessou a Ponte Santander que liga Ureña, na Venezuela, a El Escobal, na Colômbia.
Pelo Twitter, Juan Guaidó disse que as deserções são justificadas. De acordo com ele, os militares se colocaram ao lado “do povo e da Constituição.”
Caminhões com ajuda entraram na Venezuela
A Presidência da República divulgou nota oficial hoje (23) informando que dois caminhões com ajuda humanitária entraram em território venezuelano através da fronteira em Roraima. O governo brasileiro classifica a operação de exitosa e anunciou uma segunda fase de envio de suprimentos.
Mais cedo, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, que esteve hoje em Pacaraima, junto à fronteira de Roraima com a Venezuela, anunciou o sucesso da entrada de um caminhão com suprimentos.
“A respeito da ajuda humanitária oferecida pelo Brasil ao povo da Venezuela, a Presidência da República informa que a participação do governo brasileiro foi exitosa em reunir e transportar as doações até o destino de distribuição. Os dois primeiros caminhões enviados pelo Brasil cruzaram a fronteira, adentrando o país vizinho, sem incidentes na travessia”, diz o texto.
FONTE: Agência Brasil.