Ceará tem 54% das crianças vivendo com renda domiciliar igual ou inferior a meio salário mínimo
A Fundação Abrinq acaba de lançar uma nova edição do Cenário da Infância e da Adolescência no Brasil. A publicação reúne mais de 20 indicadores sociais relacionados às crianças e adolescentes.
O documento é uma fotografia da população de 0 a 19 anos, que já representa 33% do total de habitantes no Brasil, de acordo com o IBGE. No recorte que abrange a faixa etária de 0 a 14 anos, por exemplo, o estudo revela que ainda há 17,3 milhões de crianças e adolescentes – equivalente a 40,2% desse universo – vivendo em situação domiciliar de pobreza.
Entre as regiões que apresentam a maior concentração de pessoas que vivem com renda domiciliar per capita mensal igual ou inferior a meio salário mínimo, o Norte e o Nordeste do país continuam apresentando os piores cenários. No Ceará 54% das crianças vivem nessa condição e na Bahia 60%.
Já os dados sobre a extrema pobreza destacam que 5,8 milhões de crianças e jovens de 0 a 14 anos vivem nessas condições. Outra situação que persiste é a gravidez na adolescência. Em 2016, 17,5% dos bebês nascidos no Brasil foram de mães adolescentes.
O Cenário da Infância e da Adolescência também mostra que 18,4% dos homicídios cometidos no Brasil em 2016 vitimaram menores de 19 anos de idade, sendo que o Nordeste concentra a maior proporção de homicídios de crianças e jovens por armas de fogo (85%).
FONTE: Ceará Agora.
