
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) denunciou uma mulher de 38 anos por homicídio qualificado, acusando-a de provocar a morte de sua enteada, uma criança de 3 anos, em Cascavel (PR), em 2022. Segundo a denúncia, a madrasta Suzana Dazar dos Santos teria planejado a situação que levou ao afogamento da vítima dentro de uma máquina de lavar cheia de água.
Investigação e motivação do crime
As autoridades apontam que Suzana posicionou a criança em uma cadeira de plástico ao lado da máquina, deixando pelúcias dentro do eletrodoméstico para atrair a menina. A vítima teria caído na água e morrido por “asfixia mecânica interna”, conforme laudo da perícia.
A motivação do crime pode ter sido ciúmes, já que, segundo familiares, a presença da criança aproximava o pai de sua ex-companheira, o que incomodava a madrasta. Além disso, a acusada já possuía antecedentes criminais por agressão contra sua própria filha, quando esta tinha quatro anos.
Defesa alega acidente
Os advogados de Suzana negam que houve intenção de matar e classificam a acusação como “excessiva”. Segundo eles, não há provas suficientes para comprovar dolo. “Não visualizamos, de maneira técnica, elementos fortes no processo que indiquem dolo. Ainda que a absolvição não possa ser demonstrada, ao menos esperamos que o pedido de análise por eventual culpa seja apreciado”, afirmou a defesa.
Julgamento e andamento do processo
O MP-PR pede que Suzana seja levada a júri popular, sob as qualificadoras de motivo torpe, meio cruel, vítima menor de 14 anos e violência doméstica e familiar. A denúncia foi aceita pela Justiça no início de 2025, e o caso segue tramitando na 1ª Vara Criminal de Cascavel. A defesa da acusada tem prazo para apresentar sua manifestação, e as testemunhas serão novamente ouvidas durante o processo de instrução.
FONTE: Ceará Agora.