
Foto: Ricardo Stuckert (PR).
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou nesta quinta-feira (30) que buscará manter uma relação de respeito e reciprocidade com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reeleito para um novo mandato. Em entrevista no Palácio do Planalto, Lula afirmou que sua relação com os EUA sempre foi pautada pelo respeito entre Estados soberanos, independentemente do partido no poder.
Possíveis taxações e críticas à política externa dos EUA
Caso Trump decida impor tarifas sobre produtos brasileiros, Lula garantiu que o Brasil adotará medidas recíprocas, taxando produtos norte-americanos. “Se ele taxar os produtos brasileiros, haverá reciprocidade do Brasil em taxar os produtos americanos. É simples, não tem nenhuma dificuldade”, afirmou.
O presidente brasileiro também criticou a decisão dos EUA de retirar aportes financeiros da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de sair do Acordo de Paris, classificando essas ações como uma “regressão à civilização humana”. Além disso, Lula destacou que Trump deve respeitar a soberania de outros países, citando as tensões do governo norte-americano com Groenlândia e Panamá.
Disputa pela presidência da Câmara e do Senado
No cenário político brasileiro, Lula comentou sobre a eleição para as novas mesas diretoras da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, que acontecem neste fim de semana.
Na Câmara, os candidatos são:
- Hugo Motta (Republicanos-PB) – favorito, com apoio da maioria das bancadas e do atual presidente Arthur Lira (PP-AL).
- Henrique Vieira (PSOL-RJ) – candidato da oposição de esquerda.
No Senado, o favorito é Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), ex-presidente da Casa e com apoio de grandes bancadas para retornar ao cargo.
Lula afirmou que não interferirá na eleição dos novos presidentes do Congresso. “O presidente da República não se mete nisso. O meu presidente do Senado é aquele que ganhar. E o da Câmara, é aquele que ganhar”, disse.
O petista reafirmou que continuará sua articulação política com o Congresso, apostando no diálogo para governar.
FONTE: Agência Brasil