Em entrevista ao programa Natureza Viva, da Rádio Nacional da Amazônia, o jornalista Jamil Chade destacou a tentativa dos Estados Unidos de retomar a hegemonia industrial diante da ascensão da China como potência produtiva global. Segundo Chade, a produção de petróleo e a desregulamentação ambiental são ferramentas centrais dessa estratégia, implementada inicialmente durante o governo Donald Trump.
Ascensão da China e Declínio dos EUA
Chade observou que os EUA reconhecem estar perdendo a batalha pela supremacia industrial para a China, que deverá concentrar 40% da produção industrial global até 2030. Esse cenário impulsionou medidas como o aumento da produção de petróleo, em contrapartida às iniciativas globais de mitigação das mudanças climáticas.
“A ideia americana é romper com as dependências externas e voltar a produzir localmente, mesmo que isso signifique um retorno ao uso intensivo de combustíveis fósseis”, afirmou.
Impacto Ambiental e Direitos Humanos
A desregulamentação ambiental promovida pelo governo Trump foi destacada como um entrave às iniciativas globais de sustentabilidade. Para Chade, essa política reflete uma visão que trata as regulações ambientais como obstáculos econômicos.
Além disso, o correspondente enfatizou o desrespeito aos direitos humanos nas políticas de imigração. Ele relatou a situação alarmante na fronteira entre Texas e México, onde medidas discriminatórias e a militarização agravam as condições dos refugiados. “O muro na fronteira é uma verdadeira arquitetura da opressão”, testemunhou o jornalista.
Relevância Global
A análise de Chade aponta para o impacto profundo dessas políticas nos âmbitos ambiental, econômico e social. A tentativa dos EUA de retomar sua hegemonia industrial, baseada em combustíveis fósseis e desregulamentação, gera repercussões que extrapolam as fronteiras norte-americanas, influenciando a geopolítica e o equilíbrio climático global.
Fonte: Agência Brasil