
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil).
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta terça-feira (4) que a queda do dólar e a safra recorde prevista para 2025 devem ajudar a conter a inflação dos alimentos nos próximos meses.
“O dólar estava a R$ 6,10, está a R$ 5,80. Isso já ajuda muito”, afirmou Haddad, ao comentar a mais recente ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que alertou sobre um cenário adverso para os preços dos alimentos no médio prazo.
Fatores que impactam os preços
- Câmbio: A recente valorização do real frente ao dólar pode reduzir os custos de importação de insumos agrícolas e aliviar os preços.
- Safra recorde: Segundo Haddad, as previsões do setor agropecuário indicam uma colheita robusta em 2025, o que deve aumentar a oferta de alimentos e ajudar na estabilização dos preços.
- Condições climáticas: O Copom apontou que a estiagem de 2024 e o aumento dos preços das carnes impactaram a inflação dos alimentos.
Inflação e política monetária
O Banco Central prevê que a inflação acumulada em 12 meses deve permanecer acima da meta até junho, podendo configurar um descumprimento do novo regime de metas contínuas. O modelo estabelece uma meta de 3% ao ano, com uma margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Haddad destacou que o esforço do governo e do Congresso para cortar R$ 30 bilhões do Orçamento pode ajudar a aliviar as pressões fiscais sobre a política monetária.
“As variáveis econômicas estão se acomodando em outro patamar, e isso certamente vai favorecer”, afirmou o ministro.
FONTE: Agência Brasil.