
(Foto: Brenda Rocha – Blossom / Shutterstock.com).
O número de empregos com carteira assinada no setor privado atingiu um volume recorde no último trimestre de 2024, chegando a 39,2 milhões de trabalhadores. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa um crescimento de 3,3% em relação ao mesmo período de 2023, o que equivale a 1,3 milhão de novos empregos formais.
A pesquisadora do IBGE, Adriana Beringuy, destaca que o crescimento do emprego formal tem sido constante desde 2022, mesmo após a recuperação das perdas causadas pela pandemia de 2020.
Crescimento em diferentes setores
Além do aumento dos empregos com carteira assinada, a ocupação sem carteira também subiu 5%, totalizando 14,2 milhões de trabalhadores. O setor público teve crescimento de 4,5%, atingindo 12,8 milhões de trabalhadores.
Entre os setores que mais geraram empregos no período estão:
- Indústria geral (+3,2%)
- Construção civil (+5,6%)
- Comércio (+2,8%)
- Transporte, armazenagem e correio (+5,2%)
- Alojamento e alimentação (+4,2%)
- Administração pública, saúde e educação (+3,8%)
Já os trabalhadores por conta própria (26 milhões) e domésticos (5,9 milhões) mantiveram estabilidade.
Redução do desemprego e informalidade
A taxa de desemprego no último trimestre de 2024 caiu para 6,2%, abaixo dos 7,4% registrados no mesmo período de 2023. O nível de ocupação, que mede a quantidade de pessoas empregadas em relação à população em idade de trabalhar, subiu para 58,7%.
A população subutilizada (desempregados e pessoas que trabalham menos do que poderiam) chegou a 17,8 milhões, o menor número desde 2015. Já a população desalentada (aqueles que desistiram de procurar emprego) caiu 12,3%, somando 3 milhões de pessoas.
A taxa de informalidade ficou em 38,6% da população ocupada, representando 40 milhões de trabalhadores, um leve recuo em comparação com os 39,1% registrados em 2023.
Os dados mostram um cenário positivo no mercado de trabalho, com aumento da formalização do emprego e redução do desemprego no Brasil.
FONTE: Agência Brasil.