
(Foto: José Cruz/Agência Brasil).
A Dívida Pública Federal (DPF), que fechou 2024 acima de R$ 7,3 trilhões, pode chegar a R$ 8,5 trilhões até o final de 2025, segundo o Plano Anual de Financiamento (PAF) divulgado pelo Tesouro Nacional nesta terça-feira (4).
O governo pretende reduzir a participação de títulos prefixados e aumentar os vinculados à Selic, estratégia que visa atrair mais investidores, já que os juros básicos da economia estão em patamar elevado.
Composição da Dívida Pública
- Títulos atrelados à Selic: de 48% a 52% (atualmente 46,29%).
- Títulos prefixados: de 22% a 26% (atualmente 21,99%).
- Títulos corrigidos pela inflação: de 25% a 29% (atualmente 26,96%).
- Dívida atrelada ao câmbio: de 3% a 7% (atualmente 4,76%).
O aumento dos títulos corrigidos pela Selic reflete a preferência dos investidores por menor risco em momentos de incerteza econômica. Em contrapartida, a participação dos títulos prefixados e corrigidos pela inflação caiu em 2024.
Impacto e Riscos
Títulos atrelados à Selic aumentam o custo da dívida quando os juros sobem, tornando o governo mais vulnerável às variações da taxa. Já os títulos prefixados garantem previsibilidade ao Tesouro, mas podem se tornar menos atrativos em tempos de instabilidade.
O Tesouro Nacional mantém reservas de R$ 860,15 bilhões, suficientes para cobrir 6,24 meses da dívida pública interna, e possui reservas cambiais para quitar R$ 61,22 bilhões da dívida externa em 2025.
Prazo da Dívida e Projeções
O prazo médio da DPF ficou em 4,05 anos no fim de 2024 e deve se manter entre 3,8 e 4,2 anos em 2025. Já a parcela da dívida com vencimento nos próximos 12 meses está atualmente em 17,9%, com projeção para encerrar o ano entre 17% e 21%.
A dívida pública é um dos principais instrumentos do governo para captar recursos no mercado financeiro. O Tesouro emite títulos e paga correções baseadas na Selic, inflação, câmbio ou taxas prefixadas, garantindo o financiamento dos compromissos do país.
FONTE: Agência Brasil.
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