Gleisom Silva 
(Foto: shutterstock).
O Brasil encerrou o primeiro mês de 2025 com 170.376 casos prováveis de dengue, além de 38 mortes confirmadas e 201 óbitos em investigação, segundo o Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde. O coeficiente de incidência nacional é de 80,1 casos por 100 mil habitantes.
Entre os infectados, 54% são mulheres e 46% são homens. A maior incidência ocorre nas faixas etárias de 20 a 29 anos, 30 a 39 anos e 40 a 49 anos.
Estados com mais casos
São Paulo lidera com 100.025 casos prováveis, seguido por:
- Minas Gerais – 18.402 casos
- Paraná – 9.424 casos
- Goiás – 8.683 casos
Já no ranking de incidência por 100 mil habitantes, os estados com maiores índices são:
- Acre – 391,9 casos
- São Paulo – 217,6 casos
- Mato Grosso – 193,9 casos
- Goiás – 118,1 casos
Preocupação com o Sudeste
O Ministério da Saúde apontou uma redução substancial de casos no Centro-Oeste e Sul, enquanto o Nordeste registrou queda leve e o Norte manteve números semelhantes a 2024.
Porém, o Sudeste preocupa as autoridades, principalmente o estado de São Paulo, que registrou o dobro de casos em relação ao mesmo período de 2024. O número subiu de 50 mil para 100 mil casos nas quatro primeiras semanas do ano.
O secretário-adjunto de Vigilância em Saúde e Ambiente, Rivaldo Venâncio, alertou para o aumento expressivo de óbitos em São Paulo. Caso dois terços dos 135 óbitos em investigação sejam confirmados, a relação seria de 800 a 900 casos para cada morte, um índice elevado.
Dengue tipo 3 em expansão
O aumento dos casos no Sudeste está ligado à circulação crescente do sorotipo 3 da dengue, especialmente em São Paulo e Paraná. Desde julho de 2024, a detecção desse sorotipo vem aumentando no Brasil, podendo atingir mais regiões em breve.
FONTE: Agência Brasil.
