O governo federal encerrou 2024 com arrecadação histórica de R$ 2,709 trilhões, o maior valor desde o início da série histórica, em 1995. Descontada a inflação, o total ficou em R$ 2,653 trilhões, representando um crescimento real de 9,6% em relação ao ano anterior, segundo dados divulgados hoje (28) pela Receita Federal.
Fatores do crescimento
O resultado foi impulsionado pela expansão da atividade econômica, a retomada da tributação de combustíveis e o fortalecimento do recolhimento de tributos como o PIS/Cofins. A melhora da economia brasileira, marcada pela mínima histórica no desemprego, aumento da massa salarial (+11,78%) e aquecimento de setores produtivos, foi destacada pelo secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas.
“Tivemos a reativação de setores inteiros da economia e trouxemos para a tributação aqueles que antes não contribuíam, especialmente grandes rendas passivas e patrimônios de alta riqueza”, explicou Barreirinhas.
Desempenho de tributos
Entre os tributos que mais cresceram em 2024, destacam-se:
- Cofins/PIS-Pasep: R$ 541,743 bilhões (+18,6% em relação a 2023);
- Contribuições previdenciárias: R$ 685,012 bilhões (+5,34%);
- Imposto sobre Importação e IPI-Vinculado: R$ 109,608 bilhões (+33,75%);
- IRRF sobre rendimentos de capital: R$ 146,539 bilhões (+13,12%);
- IRPJ e CSLL: R$ 502,720 bilhões (+2,85%).
Setores em destaque
As maiores altas nominais de arrecadação ocorreram nos setores de:
- Comércio atacadista: R$ 171,285 bilhões;
- Entidades financeiras: R$ 288,621 bilhões;
- Combustíveis: R$ 105,354 bilhões;
- Fabricação de automóveis: R$ 63,907 bilhões.
Dados macroeconômicos
Os principais indicadores econômicos também apresentaram crescimento:
- Produção industrial: +3,22%;
- Venda de bens: +3,97%;
- Venda de serviços: +2,9%;
- Importações (em dólar): +8,65%.
Dezembro positivo
Em dezembro, a arrecadação atingiu R$ 261,265 bilhões, crescendo 7,78% acima da inflação.
A Receita Federal reforçou seu compromisso com uma gestão tributária eficiente, promovendo desoneração de pequenos contribuintes e aumentando a fiscalização sobre grandes patrimônios.
Fonte: Agência Brasil.