Situação é dramática e presidente Bolsonaro faz apelo: “Apaguem um ponto de luz em casa para economizar”
Os brasileiros passam a conviver com a ameaça real de apagões diante do baixo volume de água nos reservatórios das hidrelétricas que perdem a capacidade de gerar energia suficiente para atender à demanda nacional de consumo. O quadro é crítico e o presidente Jair Bolsonaro, em recado direto, fez um apelo que retrata o tamanho do drama no setor elétrico: ‘’Peço esse favor para você, apague um ponto de luz agora”, apelou Bolsonaro, na noite dessa quinta-feira, em sua live semanal.
Com os números fornecidos pelos técnicos do Governo Federal, o presidente Jair Bolsonaro admitiu o perigo da crise hídrica enfrentada pelo país e a definiu como “a maior da história” e “problema sério”. Segundo Bolsonaro, a situação está no “limite do limite”, daí o apelo para que as pessoas economizem energia e “apaguem um ponto de luz” em casa.
Bolsonaro foi mais longe para sensibilizar os brasileiros: “Em que pese estarmos vivendo a maior crise hídrológica da história, 91 anos que não tínhamos uma crise como essa…Vou até fazer um apelo a você que está em casa agora, tenho certeza que você pode apagar um ponto de luz na sua casa agora. Peço esse favor para você, apague um ponto de luz agora”, pediu o Chefe da Nação.
O gesto de apagar a luz, nas palavras do presidente Jair Bolsonaro, é uma iniciativa que representa ajuda para todos. “Ajude-nos, assim você está ajudando a economizar energia e a economizar água das hidrelétricas. (…) Estamos no limite do limite”, alertou. A preocupação com a economia no consumo de energia irá se refletir no bolso do consumidor: com o baixo volume de água nos reservatórios das hidrelétricas, o sistema passa a ser alimentado pelas termoelétricas – movidas à gás, diesel ou carvão, gerando um custo elevado, que é repassado para os consumidores.
Há, também, outro reflexo dessa situação: o aumento recente nas contas de luz tem pressionado o orçamento das famílias e também a inflação. A prévia do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de agosto, divulgada na quarta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), acelerou a 0,89%, após ficar em 0,72% em julho. Foi a maior variação para agosto em quase duas décadas, desde 2002, quando o índice foi de 1%.
FONTE: Ceará Agora.