Harvard aponta Ceará como exemplo de isolamento social na pandemia

Um estudo, realizado pela Revista Science, da Universidade de Harvard, apontou o Ceará como exemplo na medida de isolamento social no combate à pandemia do novo coronavírus. A informação foi divulgada pelo prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), durante transmissão nas redes sociais neste domingo, 18. O gestor, que acompanhou a campanha de vacinação na Capital durante esta manhã ao lado da titular da Secretaria Municipal da Saúde, Ana Estela Leite, também explicou o motivo da vacinação não estar ocorrendo para pessoas de 60 anos.

O artigo internacional, que mapeou detalhadamente a disseminação da Covid-19 no Brasil entre março e outubro de 2020, foi divulgado na última quarta-feira, 14. Ele foi produzido por dez dez cientistas e coordenado pela demógrafa Márcia Castro, professora associada da Universidade de Harvard.

O estudo destaca que, entre junho e agosto, o Ceará e outros oito estados tinham incidência de mortes mais forte que de casos e aponta diferentes índices de interiorização da doença. O artigo cita que o “caos político” do Rio de Janeiro impactou em uma resposta efetiva à doença e compara a resposta do RJ com a do Ceará.

“Em contraste, embora o Ceará também tenha experienciado um quase colapso no sistema hospitalar entre abril e maio, e tenha circulação indetectada do vírus por mais de um mês antes de o primeiro caso ser oficialmente confirmado, foi o 6° na interiorização de casos, mas o antepenúltimo na interiorização de mortes”, informa a pesquisa. De acordo com o estudo, “mesmo com a circulação do vírus, as ações locais foram bem-sucedidas em prevenir mortes”.

Vacinação em Fortaleza
Durante a transmissão ao vivo do prefeito de Fortaleza, as explicações sobre a falta de vacinação para pessoas de 60 anos na Capital foram apontadas. De acordo com a titular da Secretaria Municipal da Saúde, Ana Estela Leite, a imunização deste grupo ainda não ocorreu em virtude da quantidade de vacinas. Ela destacou que as doses que estão chegando na Capital estão sendo direcionadas para aplicação da segunda dose da vacina contra Covid-19.

“Nas últimas remessas de vacinas que recebemos, grande parte dela está sendo destinada à segunda dose. O que nós temos recebido de primeira dose a gente tá seguindo essa faixa etária, de 61 até 74 anos. Ainda precisamos receber em torno de 50 mil doses para D1 para que a gente possa concluir esse público. Nosso desejo é que, em breve, alcancemos essa faixa de 60 anos”, explica Ana Estela.

FONTE: O POVO Online.

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