Pandemia vai afetar mais jovens que entram no mercado de trabalho e recém-nascidos
Milhares de jovens cearenses já percebem os impactos da pandemia da Covid-19, não apenas na saúde, mas também no mercado de trabalho. Esses impactos podem durar anos ou décadas, com fortes prejuízos até mesmo as próximas gerações, como por exemplos os recém-nascido.
Um estudo exclusivo da Escola Nacional de Administração Pública (Enap), produzido pelo Evidência Express (EvEx), destaca que a crise sanitária tem efeitos imediatos não apenas no setor de saúde, mas também em segmentos importantes como mercado de trabalho, educação, além de aumento das desigualdade social e violência doméstica.
O relatório covid-19: mitigação dos efeitos de longo prazo, apresentado nesta terça-feira pela Enap, tem o objetivo de mostrar as consequências para a população sempre que o mundo se depara com pandemias, e fundamentar decisões de políticas públicas governos nas três esferas. A pesquisa compila mecanismos de soluções bem-sucedidos, nessas ocasiões, que podem atenuar esses efeitos de médio e longo prazos.
Foram constatados aumento da taxa de mortalidade e deficiência física das mães e dos bebês, possibilidade de essas crianças filhas da pandemia manifestar diversas doenças e diminuição da altura. Para os idosos, o chamado grupo de risco, por outro lado, um dos efeitos é a internação e a mortalidade antecipada.
Para reduzir esses efeitos, principalmente na população mais pobre, o estudo indica duas linhas de atuação: a inserção de jovens no mercado de trabalho e os investimentos em programas para mulheres durante o período pré-natal.
No total, o relatório apresenta 44 problemas comuns após choques e 26 estratégias de mitigação em cinco grandes áreas: 1) saúde; 2) educação; 3) trabalho e rendimento; 4) pobreza e desigualdade; e 5) violência doméstica. O levantamento foi feito com base nas principais pesquisas em diversas partes do mundo – inclusive no Brasil – depois de situações inesperadas como gripe espanhola, ebola, terremotos, enchentes e furacões nos últimos 20 anos.
FONTE: Ceará Agora.