Segundo Ministério, reforma da Previdência beneficiará mais pobres

Segundo relatório da Secretaria de Política Econômica (SPE), do Ministério da Economia, o crescimento econômico gerado pela reforma da Previdência beneficiará principalmente os 50% mais pobres da população.

Em fevereiro, a SPE havia lançado nota técnica calculando que a economia cresceria 3,3% em 2023 com aprovação da reforma, 2,3% com a aprovação parcial e encolheria 1,8% se não for aprovada.

Na nota técnica anterior, o texto dizia que a aprovação integral poderia gerar até 8 milhões de empregos formais nos próximos quatro anos. No entanto, o ministério não tinha divulgado a distribuição desse crescimento por classes sociais.

Agora, a SPE detalhou o impacto positivo da expansão da economia decorrente da reforma, conforme o nível de renda da população. O levantamento dividiu a população em 10 segmentos, em que o menor corresponde aos 10% mais pobres; e o maior, aos 10% mais ricos.

Se for aprovada

O estudo considerou o crescimento médio de 3% ao ano da economia até 2023, no caso de aprovação total da reforma, e retração média de 0,5% ao ano no mesmo período, sem mudanças nas regras.

A renda per capita cresceria mais entre os 50% mais pobres da população: de 3,07% por ano em média para o segmento entre 40% e 50% mais pobres a 3,48% por ano para os 10% mais desfavorecidos.

Entre os 50% mais ricos, a renda per capita também subiria, mas em ritmo menor: de 3% ao ano para a faixa entre 40% e 50% mais ricos a 2,63% ao ano entre os 10% mais ricos.

Empregos formais

Segundo a nota, o crescimento da economia aumenta a criação de empregos formais e reduz a informalidade, que afeta 91,64% dos 10 % mais pobres e apenas 18% dos 10% mais ricos.

De acordo com a SPE, até 8 milhões de empregos com carteira assinada seriam criadoscaso a reforma da Previdência fosse aprovada na totalidade.

A segunda razão para o crescimento da economia levar benéficos às menores faixas de renda é a possibilidade de que a inclusão no mercado formal de trabalho aumente os gastos dessas famílias em educação e saúde.

FONTE: Agência Brasil.

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