Câncer de colo de útero mata 250 mil mulheres por ano
Responsável por mais de 250 mil mortes de mulheres por ano, o combate ao câncer de colo de útero por meio da vacina contra o HPV (Papiloma Vírus Humano) é fruto de pesquisa da Dra. Luisa Lina Villa. O estudo despertou cientistas e pesquisadores de todo o mundo para essa importância e, por isso, a especialista ganhou o terceiro lugar do Prêmio Péter Murányi 2018.
Indicada pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), a iniciativa acompanhou a resposta imunológica de 500 adolescentes vacinadas. Causador de infecções, verrugas genitais e câncer de pênis, o HPV é o principal responsável pelo desenvolvimento do câncer uterino em pacientes de diferentes faixas etárias.
Devido a essa probabilidade, a vacina contra o vírus já faz parte do calendário obrigatório do Programa Nacional de Imunizações do Sistema Único de Saúde e é aplicada em meninas com idade entre 9 e 14 anos, e em meninos de 12 a 13 anos (até 2020 devem ampliar a campanha para os jovens a partir dos 9 anos).
Para Vera Murányi Kiss, presidente da Fundação Péter Murányi, entidade organizadora da premiação, iniciativas desse tipo são essenciais para garantir a qualidade da vida.
“Pesquisas como essa evidenciam o compromisso de nossos pesquisadores com o bem-estar dos brasileiros, principalmente com as gerações futuras. Esse trabalho também reforçou a força feminina na ciência, projetando o potencial das pesquisas promovidas em nosso país”, destaca.
A contribuição da equipe brasileira, coordenada por Dra. Luísa Lina Villa, fez parte de um amplo estudo envolvendo voluntárias residentes em países como Estados Unidos, Finlândia, Noruega e Suécia.
Com a atualização do valor, o prêmio total pago será de R$ 250 mil, montante dividido entre o vencedor (R$ 200 mil), segundo (R$ 30 mil) e terceiro lugares (R$ 20 mil). A entrega ocorrerá em abril, durante a festa de premiação.
Recorde de inscrições
Para esta edição, focada em saúde, a Fundação Péter Murányi recebeu 225 trabalhos, vindos de toda a América Latina. O número representa um recorde de inscritos em toda a história da premiação.
Os finalistas foram avaliados por um júri composto por representes de entidades nacionais e internacionais ligadas à área de saúde, integrantes de universidades federais, estaduais e privadas, personalidades de renome e membros da sociedade.
O Prêmio Péter Murányi é realizado anualmente, com temas que se alternam a cada edição: Saúde, Ciência & Tecnologia, Alimentação e Educação.
A premiação conta com o apoio das seguintes entidades: ABC (Academia Brasileira de Ciências); Aciesp (Academia de Ciências do Estado de São Paulo); Aconbras (Associação dos Cônsules no Brasil); Anpei (Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras); CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola); CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico);Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior); Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência).
FONTE: A.I.