Tasso Jereissati sustenta não deixar a presidência do PSDB e entra na briga pelo Planalto
O presidente nacional interino do PSDB, Tasso Jereissati, reafirmou, em entrevista a Páginas Amarelas, da revista Veja desta semana, que só deixa o comando do partido caso o presidente afastado tucano, o senador Aécio Neves, reassuma o cargo. O senador cearense negou ainda ter qualquer pretensão de disputar a presidência do partido em dezembro, quando acontece a convenção nacional que decidirá o comando tucano e o candidato ao Planalto em 2018.
“A esse processo de interinidade até dezembro eu não renuncio.
Primeiro, porque me foi dada essa incumbência. Depois, porque eu tenho certeza de que estou fazendo o melhor pelo meu partido. Não tenho a menor dúvida disso. Mas sou interino, e acidentes podem acontecer. Ninguém precisa me pressionar. Há um presidente efetivo (Aécio Neves), e ele pode tomar essa decisão com uma simples canetada”.
Tasso ainda afirmou que o racha interno da legenda – entre governistas e os que defendem o desembarque da base do Planalto – é “página virada”, já que os quatro ministros tucanos e o próprio Aécio Neves articularam para manter o PSDB próximos ao presidente Michel Temer (PMDB).
O senador cearense explicou ainda que, ao defender o desembarque, a intenção era “sair para continuar aprovando todas aquelas reformas que até fazem parte do nosso programa e ficar livre para fazer a nossa agenda sem ser contaminado — e essa palavra vai me causar problemas de novo — pelo fato de ser governo”.
Já sobre a disputa pelo Planalto em 2018, o senador cearense disse que o partido tem “dois ótimos nomes”: o prefeito de São Paulo, João Doria, e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, mas outros candidatos ainda podem surgir. “Há outros nomes que podem ser candidatos também. Mas, se não tivermos uma solução de consenso no partido — e eu, como presidente, não tenho nenhuma definição tomada —, iremos para uma prévia. E o calendário está mantido: será até dezembro.
FONTE: Ceará News.