O novo poderia ser Hitler’, diz Dilma ao defender volta de Lula a presidência

Pouco mais de um ano após seu impeachment, Dilma Rousseff falou à Rede BBC sobre a crise política brasileira. Em entrevista ao veículo de comunicação britânico, ela considera que o seu afastamento foi um golpe contra a democracia, e afirma que as armações tiveram início antes da sua saída do poder.

“O golpe começou antes do meu afastamento, começou quando meus adversários viram que não conseguiriam impor seu projeto por vias democráticas. E está ficando cada vez mais claro que a democracia não é um caminho viável para eles”, disse.

As declarações foram dadas depois da condenação do ex-presidente Lula, a 9 anos e meio de prisão, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, e após a denúncia, também por corrupção passiva, contra o presidente Michel Temer, que passou a ser o primeiro chefe de Estado do País acusado, durante o exercício do mandato, de cometer um crime.

Sobre a condenação do companheiro de partido, ela diz ser mais um capítulo do golpe. “O primeiro capítulo do golpe foi meu impeachment. Mas há um segundo capítulo, e este quer impedir o ex-presidente Lula de se tornar candidato nas eleições do próximo ano”.

A sentença do juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato em primeira instância, cabe recurso. Lula aguarda em liberdade. Em caso de confirmação da condenação, no entanto, o petista terá suas ambições políticas frustradas.

Diante dessa possibilidade, Dilma não consegue desenhar um cenário alternativo. “Como sabemos que o Brasil precisa de um novo líder e de uma mudança? E desde quando o novo é necessariamente uma coisa boa?”, questiona ela. “O novo poderia ser Hitler. Não há garantia. Por que as pessoas reconhecem Lula? Porque as pessoas viveram melhor durante seu governo”, destacou.

FONTE: Ceará News.

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