Abastecimento de água na Capital e na região metropolitana de Fortaleza é garantido até setembro de 2018
O abastecimento de água na Capital e na Região Metropolitana de Fortaleza, RMF está assegurado até setembro de 2018. A notícia, foi informada pela Secretaria de Recursos Hídricos, Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos, Cogerh e Superintendência de Obras Hidráulicas, Sohidra é boa e tranquiliza em parte, entretanto, vem cheia de ressalvas: depende do prosseguimento não só das ações desenvolvidas pelo governo estadual, como, principalmente do consumo consciente de água por parte da população. Para isso, a tarifa de contingência, em vigor desde dezembro de 2015, vai continuar com meta de 20% para a Capital cearense e todos os municípios da RMF. Mesmo assim, alertam especialistas, ainda não se pode comemorar porque a crise hídrica deve perdurar e o nordestino, assim como o cearense, deve cada vez mais aprender a conviver com a seca e depender menos das chuvas.
“Para esse ano, a gente não conta mais com a transposição do Rio São Francisco e o prognóstico para a próxima quadra chuvosa, entre fevereiro e maio, não são tão animadoras. Por isso, é imprescindível a soma dos investimentos em obras como adutoras de engate rápido, poços, transferências entre açudes, reúso da água, e a manutenção da redução do consumo por parte de todos os cearenses, o que temos conseguido com o passar dos meses”, disse Francisco Teixeira, titular da SRH.
Sobre a diminuição do uso da água, os dados mais recentes da Cagece comprovam que o percentual de redução no consumo de água em abril foi de 14,36% em relação a março de 2017, quando alcançou 13,98%, resultado que já havia sido bem superior aos meses anteriores. Com isso, aponta a Companhia, ao todo, o mês de abril teve 214.096 mil clientes dentro da tarifa de contingência. Já em dezembro de 2015, quando começou a ser cobrada, 291.558 clientes pagavam a taxa por não atingirem a meta de consumo. O que significa que mais de 77 mil clientes já saíram desse grupo e deixaram de pagar a tarifa de contingência porque atingiram a meta individual de consumo, de 20%.
Isso quer dizer que, no mês passado, a Cagece registrou uma redução de 21% no volume de água consumido por ligação em Fortaleza e Região Metropolitana. A redução é comparada com o mesmo mês de 2014, quando ainda não havia restrição da disponibilidade de água para a capital e municípios da RMF. “Essa redução no volume consumido mostra que a Tarifa de Contingência tem cumprido o papel de induzir o consumo, e consequentemente provocar melhora nos hábitos de consumo dos moradores da Capital e RM”, afirmou, João Rodrigues Neto o gerente de Concessão e Regulação da empresa.
Apesar dos bons números, avisa o presidente da Cogerh, João Lúcio Farias, se não houver a manutenção dessa redução, a meta, atualmente de 20%, poderá passar por mais uma revisão e até aumentar, além de estabelecer, de fato, racionamento drástico para Fortaleza. “O Interior tem dado a sua parte e enfrentado medidas. A responsabilidade é de cada um. Não podemos baixar a guarda e achar que está tudo resolvido”, apontou.
Mesmo assim, avalia, a situação ainda é crítica. Infelizmente, analisa, a chuva caiu de forma irregular, mais na região Centro-Norte e menos para o Sul do Ceará. Os maiores açudes, Orós, Castanhão, Banabuiú, não tiveram recarga significativa. “O sistema metropolitana aumentou de 14% para 49%, garantindo o abastecimento até o segundo semestre de 2018 para Fortaleza e RM, mas não podemos deixar de reforçar todas as ações em andamento e outras porvir”, disse.
FONTE: Ceará Agora.