Abaiara e Milagres recebem Relíquias da “Beata Ana Rosa Gattorno”
Os católicos milagrenses participam da “Peregrinação das Relíquias da Beata Ana Rosa Gattorno”, a programação faz parte da celebração dos 30 anos do Instituto Secular Filhas de Sant’Ana.
As relíquias consistem em uma Imagem de Jesus Cristo Crucificado, onde em seu coração de metal, há a conservação de um pedaço do Véu que Madre Rosa usou, além de conter um pedaço do crucifixo da beata, o qual ela usava como instrumento de penitência pela conversão dos pecadores e salvação da humanidade.
A programação em Milagres-Ce iniciou na quinta-feira (04/maio) e segue até o domingo (07/maio). As relíquias visitaram várias entidades como Escola Patronato Dona Zefnha Gomes; a Sociedade de Assistência a Criança – SOAF; a Casa de Cura de Apoio a Dependentes São José; a Associação Comunitária de Milagres-ACOM, onde está localizado o Hospital e Maternidade Madre Rosa Gattorno e que tem o nome em homenagem a beata. A programação ainda contou com missas na Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Milagres e também com uma procissão seguida de celebração pelas ruas da cidade de Abaiara-Ce.
Sobre Madre Rosa Gattorno
Religiosa, fundadora do Instituto das Filhas de Santa Ana, nasceu em Génova (Itália), no dia 14 de Outubro de 1831. Em 1852, com a idade de 21 anos, contraiu matrimônio com Jerónimo Custo e transferiu-se para Marselha (França). Uma imprevista crise financeira perturbou a felicidade da nova família, obrigada a retornar a Génova. A sua primeira filha, Carlota, Infectada de repentina enfermidade, ficou surda-muda para sempre; e apesar da alegria de outros dois filhos, ela foi novamente abalada com o falecimento do esposo, após seis anos de matrimônio, e com a morte do seu último filho.
Estes acontecimentos marcaram a sua vida e levaram-na a uma mudança radical, a que ela chamara “a sua conversão”, isto é, à entrega total ao Senhor. Orientada pelo seu confessor, emitiu de forma privada os votos perpétuos de castidade e obediência, precisamente na festa da Imaculada: 8 de Dezembro de 1858, e depois, como terciária franciscana, professou também o voto de pobreza. Viveu intimamente unida a Cristo, recebendo a Comunhão todos os dias, privilégio que naquele tempo era pouco comum. Em 1862 recebeu o dom dos estigmas ocultos, percebidos mais intensamente nas sextas-feiras.
Num clima de intensa oração, diante do Crucifixo, recebeu a inspiração de fundar uma Congregação religiosa: “Filhas de Santa Ana, Mãe de Maria Imaculada”. Depois de a ter escutado durante longo tempo, o Papa Pio IX confirmou-a na sua missão de Fundadora. Vestiu o hábito religioso no dia 26 de Julho de 1867 e a 8 de Abril de 1870 emitiu a profissão, com outras doze religiosas.
Com esta fundação, realizou muitas obras de atendimento aos pobres e doentes, às pessoas sozinhas, anciãs e abandonadas; cuidou da assistência às crianças e às jovens, proporcionando-lhes uma instrução religiosa e adequada, a fim de as inserir no mundo do trabalho. Assim, foram abertas muitas escolas para a juventude pobre e a promoção humano-evangélica, segundo as necessidades mais urgentes da época.
Sofreu provas, humilhações, dificuldades e tribulações de todo o genero, mas sempre confiou em Deus e, cada vez mais, atraía outras jovens para o seu apostolado. Assim, a Congregação difundiu-se rapidamente na Itália, Bolívia, Brasil, Chile, Peru, Eritreia, França e Espanha. Ana Rosa faleceu no dia 6 de Maio de 1900.
Com Informações de Homilia do Santo Padre | Lan Santa Sede
FONTE: Portal Okariri.