Federalizar combate à violência é solução?

Desde o início do ano passado, governadores do Nordeste têm pressionado o governo Michel Temer por maior participação da União na questão da segurança pública. Na última quinta-feira, chefes do Executivo de outros sede estados também lançaram manifesto no mesmo sentido.
Antigo no País, o debate sobre federalização da segurança deve voltar com tudo na eleição deste ano. Segundo a Constituição Federal, é de competência dos estados brasileiros a coordenação das policias militares, responsáveis pelo policiamento ostensivo e pela “preservação da ordem pública”.
O mesmo texto, no entanto, prevê responsabilidade da União em manter a polícia federal, que deve proteger fronteiras do país e combater a entrada ilegal de armamentos e do tráfico de drogas no país. Para defensores de maior participação da União na segurança, no entanto, o Planalto tem “lavado as mãos” dessa responsabilidade.
“O Ceará não produz crack, não produz armamento, então, no momento em que essa droga chega e amplia a violência, não vai ser só o Estado o responsável por isso”, diz o presidente do PT do Ceará, De Assis Diniz.
“A federalização é fundamental para colocar dentro do debate a parcela de responsabilidade do governo federal. Até porque, quando estoura a crise, ele manda a Força Nacional como se fosse uma solução. Então tem que se discutir isso de forma ampla, para determinar o que cada um deve fazer para garantir a segurança”, diz.
Para o deputado Heitor Férrer (PSB), no entanto, a questão soa mais como “estratégia” para diminuir peso da ineficiência do governo estadual no combate à violência. “Você, quando assume o governo, tem ônus e bônus. Não pode agora, depois de eleito, ficar tentando transferir culpa e responsabilidade”, diz.
Ele afirma, por exemplo, que o governo não tem cumprido promessas de campanha e tem se dedicado apenas a ampliar presença policial nas ruas, o que não resolveria o problema. “Quando se grita pela polícia, é porque tudo mais falhou. É tratar os sintomas, mas não a febre”.

As cartas na manga
Governo federal
O governo tenta trazer o Planalto para o debate

Desde que índices começaram a piorar, Camilo articula movimento que cobra maior participação do governo Temer na questão da segurança. Eles cobram sobretudo a criação de um plano nacional de segurança, bem como o reforço na proteção de fronteiras para entrada de drogas e armas

Investimentos
Gestão mantém hoje índice recorde de gastos

Líder do governo, Evandro Leitão destaca contratação de quase 6 mil PMs no Estado só na gestão Camilo, fora quase mil Policiais Civis. Ele destaca números expressivos de gastos na compra de equipamentos para agentes da segurança, todos números que fazem diferença no debate eleitoral

Novo secretário

Perfil “ativo” de André Costa tem garantido apoio

Atuante em operações da segurança do Estado e com perfil próximo da tropa, o secretário André Costa ajuda a “neutralizar” críticas de políticos mais ligados com o tema da segurança. O estilo popular e inserido nas redes sociais também divulgam mais ações do governo na área%u018D
“Pacificar” PM
Governo garantiu vitórias para agentes da segurança

Após anos de relações tensas entre policiais militares e governo na gestão Cid Gomes, Camilo investiu em melhorar sua imagem com a tropa. Neste sentido, garantiu Lei de Promoções e da Média Salarial para a polícia militar e ampliou número de concursos e gratificações na área.

Promesssas
Camilo tem priorizado promessas da segurança

Entre as principais questões prometidas pelo governador na campanha eleitoral, estão sendo priorizadas hoje pontos ligados à segurança. Além da criaçã o do batalhão de divisas, o governo tem, por exemplo, inaugurado diversos pelotões do Raio, tropa de elite da PM Ceará, no interior.

Prefeitura

Aliada, gestão RC tem buscado responsabilidade

Mesmo após tendo evitado o tema nas eleições de 2016, o prefeito de Fortaleza “puxou para si” responsabilidade com o tema da segurança no final de 2017. Entre as ações da Prefeitura, anunciou nova tropa armada da Guarda Municipal e a instalação de torres de segurança em praças.

FONTE: O Povo Online.

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