Cidades do Ceará registram baixa umidade relativa do ar

Cidades do semiárido cearense têm registrado valores de umidade do ar abaixo de 30% durante os horários mais quentes do dia, que vão de 12h às 16h. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera estado de atenção quando os níveis de umidade caem abaixo deste percentual.

Se a umidade atingir níveis entre 20% e 12%, ocorre o estado de alerta. Entre 40% e 31% a OMS considera estado de observação.

De acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), o município de Iguatu, no mês de agosto, registrou a umidade relativa mínima média mais baixa do Estado. Conforme dados da Plataforma de Coleta de Dados (PCD) instalada na cidade, o índice ficou em 13%, o que é considerado estado de alerta na classificação da OMS. Já Crateús, Quixeramobim, Iguatu e Tauá registraram umidade mínima média entre 16% e 18%, indicando atenção.

“Esses índices baixos se devem à época do ano, ao grau de interioridade, ou seja, a distância da costa, e as condições predominantemente secas do solo e da vegetação diminuindo a evapotranspiração para a atmosfera”, explicou o supervisor da unidade de Tempo e Clima da Funceme, Raul Fritz.

Cuidados:

Quando a umidade relativa do ar cai para menos de 30%, a OMS recomenda que a exposição ao sol e a realização de atividades físicas devem ser menor. Neste período, o Ministério da Saúde indica também o aumento da hidratação, ingerindo mais água, suco natural e água de coco.

“No Ceará, a umidade relativa do ar tende a diminuir geralmente no segundo semestre do ano, a partir do mês de julho, até o final do ano, em virtude da sensível diminuição das precipitações pluviais nesse período. Isso se faz mais notável principalmente no interior do estado. A faixa litorânea geralmente se apresenta mais úmida, ao longo do ano, em virtude da umidade proveniente da evaporação da água oceânica e que é trazida para o continente pelos ventos”, afirma Fritz.

Os índices também podem variar de acordo com o horário. Em alguns dias desta época, principalmente entre 12h e 16h, a umidade do ar em Fortaleza, por exemplo, pode chegar perto de 30%. Vale considerar ainda que índices baixos não são tão comuns em cidades litorâneas.

Porém, no dia 23 do último mês, por volta das 11h, a capital registrou umidade mínima de 31%, a mais baixa de agosto na cidade, considerando as variações de horários. A média da mínima ficou em 31%, conforme a Funceme.

“A umidade relativa e a temperatura do ar estão relacionadas uma à outra, de forma que nos horários mais quentes do dia, principalmente no início da tarde, se tem a menor umidade relativa do ar. Com a temperatura mínima que ocorre durante a madrugada, perto do raiar do dia, a umidade do ar se mostra mais alta. Assim, pela madrugada e, ainda, no início da manhã se tem maior umidade relativa e, à tarde, a menor”, diz o meteorologista Raul Fritz.

Entenda:

A umidade relativa do ar é a razão, expressa percentualmente, entre a quantidade de umidade atmosférica, num determinado local, em certo momento e numa dada temperatura, e a quantidade de umidade que estaria presente se o ar estivesse saturado.

Quanto mais baixa se apresenta a umidade relativa do ar, se pode dizer que mais seca (com menos vapor d’água) se encontra a massa de ar.

FONTE: G1 – CE.

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